quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sou



Tudo o que sou é o que tento fazer
Tentativas vazias de sair do hedonismo
Não viver a vida em busca de prazer
Não perder o chão à beira do abismo

Tudo o que sou é o que tento encarar
Por cima de medos e propostas incertas
Embora tenha possibilidade de errar
Ou não ter atitudes muito corretas

Tudo o que sou é o que eu tenho
A dúvida constante no coração
Valores e princípios que mantenho
Sufocados pela minha razão

Tudo o que sou é o que tento decifrar
Indecifráveis sentidos para ações
Mutabilidade louca de sentir e amar
Sensibilidade, desequilíbrio e paixões

Tudo o que sou é o que tento entender
Indo fundo no intelecto e na realidade
Navegando em um labirinto de saber
Além do acadêmico e da verdade

Tudo o que sou é o existe em mim
Poesia, tormento, lágrimas e amor
Inconstância lascívia e sem fim
Se rejeito o frio ou rejeito o calor

Tudo o que sou é o que vejo em você
Um amigo apaixonado e necessário
Que como amor nunca poderia ter
Por mais que se prove o contrário

Tudo o que serei são palavras
Desabafos de alma confusa
E memórias tristes ou hilárias
Apenas mais uma poesia difusa




Izabella F. Costa

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